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terça-feira, 2 de julho de 2024

Paul McCartney - Ram

Enquanto Paul brigava na justiça contra seus ex-colegas de banda, o selo Apple colocou no mercado o novo trabalho de McCartney. O título era bem diferente e a capa idem, com Paul segurando os chifres de um de seus carneiros na sua fazenda na Escócia. A razão de ser era que Paul havia composto a grande maioria das canções enquanto tirava férias nessa propriedade rural. Então para preservar o clima em que elas foram criadas ele resolveu trazer todo o conceito para dar nome ao álbum. Por essa época Paul já tinha o projeto de formar uma nova banda mas ainda não tinha decidido como isso seria feito, assim resolveu creditar o disco como sendo de Paul e Linda McCartney.

Embora as músicas tenham sido criadas no meio rural, bem no meio do campo, Paul resolve dar uma caprichada dessa vez em termos de estúdio. Resolveu que iria gravar tudo em Nova Iorque nos estúdios da Columbia, que naquela época oferecia o que havia de melhor em termos tecnológicos. A presença de Paul em Nova Iorque aliás parece ter incomodado John que passou a soltar farpas pela imprensa contra o ex amigo dos Beatles. Embora ainda não tivesse conseguido o tão cobiçado green card que lhe dava direito de viver e trabalhar nos Estados Unidos, Lennon considerava já naquela época a cidade como seu lar definitivo. De repente ter Paul McCartney rondando por lá parece ter incomodado bastante John.

Como os processos ainda estavam todos pendentes John começou a soltar indiretas em direção a McCartney nas letras de suas próprias canções. Paul ficou surpreso mas topou a provocação e também começou a mandar sutis ataques contra Lennon. A imprensa obviamente se esbaldou ao ver aqueles dois ídolos brigando publicamente e acirrou os ânimos em relação a eles. Apesar de ter levado na esportiva por um tempo Paul começou realmente a se incomodar e resolveu terminar as gravações de Ram, levando os tapes para Londres para que recebessem a mixagem final.

Ram chegou nas lojas em maio de 1971. Logo na primeira semana mostrou-se um verdadeiro sucesso de vendas mas a crítica torceu o nariz. Os americanos principalmente não conseguiram captar direito a mensagem de Paul e desmereceram seu disco como um todo, embora sobrassem elogios para uma ou outra faixa. Paul ficou meio decepcionado com a reação fria dos especialistas, o que talvez tenha aumentado sua vontade de formar um novo grupo que iria ser os Wings. De fato esse seria o último disco de Paul assinado apenas por ele mesmo por um longo período de tempo.

Também foi um dos raros em que resolveu gravar nos Estados Unidos já que preferia mesmo trabalhar em Londres. Paul também chegou na conclusão que produzir seus discos também não era uma boa ideia pois ele gostava de trocar opiniões sobre isso enquanto estava gravando. Assim começou a sentir a falta de George Martin, o maravilhoso produtor dos Beatles. Ele queria voltar a trabalhar com Martin mais cedo ou mais tarde. Em breve ele estaria com novo grupo musical no mercado e desejava que seus discos apresentassem uma sonoridade de primeira linha, tal como os álbuns maravilhosos que gravou com os Beatles. Os fãs não perdiam por esperar...

Vamos tecer alguns comentários sobre as músicas do álbum "Ram", começando pelo antigo Lado A do vinil (para matar as saudades dos nostálgicos em geral).

Too Many People (Paul McCartney) - Em entrevista John Lennon não perdoou Paul McCartney por essa música. Na visão de Lennon a letra da canção era uma provocação direta a ele! Será mesmo? Não penso que seja tão direta assim. Na canção Paul fala sobre pessoas que perdem a grande chance de suas vidas, a "quebrando em dois", ou em outras palavras, jogando fora aquele grande lance de sorte que acaba mudando a vida de uma pessoa (no caso John). Estaria mesmo Paul falando de John dizendo que ele jogara a grande chance de sua vida (os Beatles) fora? Vai da cabeça de cada um, Lennon se convenceu que sim mas Paul sempre negou qualquer ligação entre a letra, John e o fim dos Beatles. Para ele é apenas uma boa canção e nada mais.

3 Legs (Paul McCartney) - Se a música anterior dava tanta margem para interpretações diversas o que dizer de uma canção chamada "3 Pernas"? A letra chega a ser bucólica, sob uma viés de humor negro. Paul cita seu cachorro que só tem três pernas, coitado! E de se perguntar onde entraria a querida cadela Martha no meio disso tudo! A sensação mesmo é de estar no meio da fazenda de Paul na Escócia, o que aliás é bem adequado já que ele mesmo sempre disse que essas canções foram escritas enquanto estava de férias em sua propriedade rural por lá.

Ram On (Paul McCartney) - No começo mais parece uma gravação informal, um take alternativo qualquer, mas depois Paul entra com um arranjo bem rústico mas simpático. A letra é mínima, poucos versos. Parece uma daquelas musiquinhas compostas para cantar com a família depois do almoço de domingão. Sim, divertida.

Dear Boy (Paul McCartney / Linda McCartney) - Outra canção que John Lennon levou para o lado pessoal. No caso o tal "Dear Boy" seria ele mesmo! Como? John achava que os versos "Eu acho que você nunca soube, meu caro, o que você encontrou" e "Eu espero que você nunca saiba o quanto você perdeu" eram recados diretos a ele. No caso Paul estaria dizendo a John que ele nunca conseguiu entender o quanto os Beatles significavam não apenas para eles, mas também para o mundo inteiro. Nem ele tinha consciência do que teria encontrado ao entrar nos Beatles e nem o que havia perdido ao sair do grupo. Essa letra, ao contrário da outra, faz mais sentido sob o ponto de vista de Lennon.

Uncle Albert / Admiral Halsey (Paul McCartney / Linda McCartney) - Essa faixa foi composta em "homenagem" a um tio de Paul chamado Albert. O próprio Paul relembrou ele em uma entrevista dizendo: "Tio Albert era um bom homem. Nas reuniões de família ele sempre ficava caindo de bêbado e então começava a citar trechos da bíblia - todos errados! Era muito divertido". Talvez por ser tão pessoal acabou caindo nas graças do público inglês e virou o maior sucesso do álbum na Inglaterra. No resto do mundo não teve maior repercussão, apesar de seu belo arranjo e melodia.

Smile Away (Paul McCartney) - Em minha opinião a primeira faixa realmente forte do disco, com ótimo arranjo de guitarras e uma vocalização que chega até mesmo a me lembrar do Beach Boys em seus bons tempos. Um rock de primeira, sem dúvida. A letra é até bem trabalhada para um autêntico momento rocker do disco como esse. Gosto bastante dos solos de guitarra, do vocal de Paul, de seu grupo de apoio e dos arranjos em geral. Uma beleza.

Heart of the Country (Paul McCartney) - Faixa que abria o lado B do antigo vinil. Esse lado, temos que admitir, não é tão bom quanto o lado A. Isso se deve a uma certa dificuldade por parte de Paul em arrumar melhor a estrutura do disco - algo comum em artistas que começam uma carreira solo como ele naquele momento de sua vida. Essa música tem uma melodia engraçadinha, bem bucólica, que aliás combina muito bem com o clipe, onde Paul e Linda passeiam a cavalo, namoram na praia e brincam com Martha, a famosa cadela de Paul. Não gosto muito, mas confesso que é um momento simpático (embora inofensivo) do disco.

Monkberry Moon Delight (Paul McCartney) - Paul, com vocalização visceral, tenta trazer algum interesse nessa música obscura que hoje em dia está completamente esquecida. Os arranjos circenses me lembram vagamente dos dias de "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" mas claro que vai um abismo de diferença entre os dois trabalhos. O refrão se torna um pouco cansativo depois de alguns minutos (a canção é extensa, uma das mais longas do disco). Não está entre os grandes momentos do álbum.

Eat at Home (Paul McCartney) - Gosto bastante do arranjo forte dessa faixa. O dueto entre guitarras ao fundo é seu ponto de interesse. A melodia também não aborrece, pelo contrário, me soa como uma das mais agradáveis de todo o disco - principalmente pelo pegajoso refrão. Essa foi gravada em Nova Iorque e nela podemos sentir a diferença que faz uma boa produção em uma gravação. O solo de Paul também faz toda a diferença do mundo. Deu origem a um single que só foi lançado no mercado inglês em setembro de 1971. Provavelmente a melhor canção do Lado B.

Long Haired Lady (Paul McCartney) - Mais um canção que mostra Paul em busca de uma sonoridade própria, longe dos Beatles. Aqui ele destaca mais uma vez os backing vocais de Linda (algo que em excesso enche um pouco a paciência, tenho que admitir). A garota da letra inclusive é Linda, obviamente.

Ram On (Paul McCartney) - É praticamente a mesma musiquinha do Lado A, com arranjo levemente diferenciado, mas com o mesmo Paul mandando ver no ukelele. Sem maior interesse.

The Back Seat of My Car (Paul McCartney) - Paul encerra "Ram" com essa interessante canção, muito bem arranjada e produzida. Muitos não gostam, acham a faixa excessiva, com arroubos melódicos por parte dele, mas não vejo assim. Não é das minhas melodias preferidas do disco mas mantém um desenvolvimento que de certa forma me lembra de gravações que Paul faria anos depois, como por exemplo, do disco "London Town". Aqui Paul contou com a participação da filarmônica de Nova Iorque, mostrando que ele estava disposto a caprichar na faixa. "The Back Seat of My Car" inclusive foi lançada em um single promocional em agosto daquele ano. Fecha bem o disco que é marcado por apresentar realmente altos e baixos em sua seleção musical.

Ram - Paul McCartney (1971) - Paul McCartney (vocais, baixo, piano, teclados, guitarra e ukelele) / Linda McCartney (Backing vocais) / David Spinozza (guitarra) / Hugh McCracken (guitarra) / Denny Seiwell (bateria) / Heather McCartney (Backing vocais) / Marvin Stamm (flugelhorn) / New York Philharmonic / Produzido e arranjado por Paul McCartney / Data de gravação: janeiro de 1970 - janeiro, fevereiro e abril de 1971 / Data de Lançamento: maio de 1971 / Melhor posição nas charts: # 2 (Billboard EUA) e # 1 (Inglaterra).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Paul McCartney - McCartney

Esse foi o primeiro disco solo de Paul McCartney. Os Beatles estavam chegando ao fim e Paul usou esse material quase como um teste de mercado. Na verdade ele tinha certo receio de como seria sua carreira dali para frente. Havia muitas dúvidas e algumas delas soam absurdas hoje em dia. Por exemplo, Paul tinha certa dúvida se ele seria comercialmente viável sozinho. O que todos perguntavam é se Paul poderia dar certo como artista solo. Certo que nos Beatles ele havia sido simplesmente genial mas daria certo sem John, George e Ringo? Será que um disco inteiro apenas com Paul não se tornaria cansativo? Ele teria pique para segurar a onda durante um disco solo? Claro que hoje em dia todas essas perguntas soam sem propósito mas em 1970 elas pareciam bem reais e fortes. Esse primeiro disco de Paul ainda saiu pelo selo Apple. Havia muitos problemas contratuais, processos voando para todos os lados e McCartney lutava para sair das garras de Allen Klein, o desonesto empresário dos Beatles.

O resultado é um trabalho apenas mediano. Paul na verdade não deu 100% de si na gravação desse disco mas sim o jogou no mercado americano e inglês para sentir como seria a reação. No meio da confusão do fim dos Beatles o álbum acabou ganhando uma bela promoção grátis na imprensa e como todos queriam ouvir o primeiro disco solo de Paul McCartney ele acabou fazendo um grande sucesso de vendas. O problema é que também sofreu críticas que incomodaram Paul. Alguns especialistas disseram que o disco, apesar de algumas belas melodias, ainda soava muito cru e sem capricho! Era verdade. McCartney absorveu bem essas críticas e decidiu que era hora de montar uma nova banda de rock, afinal ele se sentia desconfortável de trabalhar sozinho. Para quem sempre havia pertencido a um conjunto isso era mais do que natural. Assim nasceu a ideia que iria germinar e dar origem aos Wings. Mas antes disso vamos tecer alguns comentários sobre as canções do álbum "McCartney" de 1970:

The Lovely Linda (Paul McCartney) - A carreira solo de Paul McCartney começa com essa baladinha em homenagem a Linda McCartney. A letra é tão simplória quanto a melodia, bem, diríamos, bucólica. Paul termina a canção com uma risadinha, bem no espírito descontraído de todas as faixas desse álbum. Despretensiosa sim, mas bem cativante.

That Would Be Something (Paul McCartney) - Essa é bem mais trabalhada, com ótima instrumentação. Paul obviamente toca todos os instrumentos. A canção começa com um belo dueto entre guitarra, baixo e violão. Ótimo arranjo. Só depois a batera entra mas mesmo assim bem timidamente. Perceba que a letra é mero pretexto para acompanhar a melodia. Paul aqui não se importou nem um pouco com o conteúdo da letra, preferindo se concentrar no arranjo.

Valentine Day (Paul McCartney) - Aqui temos uma faixa completamente instrumental. Paul faz experimentos, com destaque para os belos solos de guitarra que vai desenvolvendo ao longo da faixa. Tudo soa como mera improvisação. De certa forma a gravação parece mais uma jam session, uma forma de Paul conferir como ficaria a mixagem de todos os instrumentos depois que ele gravasse tudo separado. Curiosamente a faixa acaba de forma bem abrupta, tal como começara!

Every Night (Paul McCartney) - A primeira boa canção do disco. Aqui temos realmente Paul se empenhando em trazer mais uma daquelas baladas que tanto sucesso fizeram em seus anos como Beatle. A canção tem um maravilhoso refrão, altamente pegajoso, diga-se de passagem (tente apagar da mente, por exemplo, o "Ooh-ooh-ooh-ooh-ooh-ooh" para sentir como é complicado!). Na letra Paul diz que não quer saber de mais nada na vida a não ser ficar ao lado de sua amada a cada noite. Bonito!

Hot as Sun / Glasses (Paul McCartney) - O ritmo desse medley me lembra velhas canções escocesas do século XIX. É outra faixa instrumental totalmente baseada na linha melódica principal, formada de apenas algumas notas - para você entender como Paul era genial em suas composições. Além dos instrumentos de rotina Paul injeta um velho órgão em solos que dão a identidade à canção. Já "Glasses" tem uma linha de letra, sendo que seu arranjo me lembrou imediatamente de algumas gravações do Pink Floyd, o que mostra que Paul andava antenado com o que estava acontecendo na época.

Junk (Paul McCartney) - Uma das preferidas do próprio Paul. Essa ele queria gravar com os Beatles mas criminosamente a canção ficou fora dos registros da banda. Há uma gravação inclusive feita por Paul McCartney nos estúdios Abbey Road. O problema é que havia tantas canções geniais rodando durante as gravações dos discos dos Beatles que até obras primas como essa ficavam de fora. Como bem disse John Lennon o espaço de um LP era muito pequeno para tantos gênios musicais reunidos como os Beatles! Faltaria espaço certamente. Sem dúvida uma faixa maravilhosa.

Man We Was Lonely (Paul McCartney) - Outra preciosidade. Quando gravou esse álbum Paul disse que o tinha gravado para depois tocar no toca-fitas de seu carro, nada mais do que isso. Por isso tudo era tão despretensioso. Bom, após ouvir essa música pinta uma dúvida sobre se isso era de fato verdade. A gravação é ótima, muito bem arranjada e executada, com a ajudinha de Linda McCartney nos vocais de apoio. Paul também duplicou sua voz. O resultado é ótimo, uma gravação completamente profissional, nada amadora como Paul queria fazer crer!

Oo You (Paul McCartney) - Outra jam, bem experimental, diga-se de passagem. A guitarra surge forte, solando e duelando com outra mais ao fundo, um grande trabalho, principalmente para quem tocou todos os instrumentos sozinho (imagine a dor de cabeça para sincronizar tudo isso depois na sala de edição!). Nesse disco em particular Paul parece muito sedento em tocar vários solos de guitarra - estaria ele compensando os anos de Beatles quando tinha que dividir esse tipo de coisa com o colega George Harrison? É bem possível...

Momma Miss America (Paul McCartney) - Outra instrumental. É um rock com uma linha de melodia mais presente. Uma forma de Paul agitar um pouco as coisas no disco para que ele não ficasse muito cheio de baladinhas - coisa que faria John Lennon certamente pegar em seu pé! Outra faixa que traz um belo solo de guitarra Les Paul Gibson by Paul McCartney. Apesar de alguns pequenos espaços em branco considero uma bela gravação. Quatro minutos do mais puro rock ´n´ roll!

Teddy Boy (Paul McCartney) - Outra que quase entra no disco "Abbey Road" mas que foi deixada de lado por John Lennon que considerou a letra muito bobinha. De certa forma ele tinha uma boa dose de razão. A estorinha do garoto Ted parece ser um pouco forçada. No final a música foi salva pela ótima melodia e pelo arranjo primoroso escrito por Paul (embora eu particularmente implique um pouco com os vocais de apoio).

Singalong Junk (Paul McCartney) - A melodia é a mesma de "Junk", só que aqui imensamente melhor trabalhada. É outra faixa completamente instrumental. Paul a gravou pensando em lançar "Junk" como lado A de um single, com essa faixa vindo no lado B (algo bem comum na época). O arranjo aqui é fabuloso mesmo, muito rico e lindamente escrito. Para relaxar a mente do stress do dia a dia.

Maybe I'm Amazed (Paul McCartney) - O grande clássico do álbum. Essa Paul não deixaria para trás como as demais faixas do disco, a levando para seus grandes shows! Certamente um momento essencial nessa fase de sua carreira. Seu arranjo de piano e os vocais ora viscerais, ora ternos, além de um maravilhoso solo de guitarra, torna essa uma das melhores gravações de Paul McCartney em sua carreira. Obra Prima, sem a menor sombra de dúvidas.

Kreen-Akrore (Paul McCartney) - Para quem acha que Paul McCartney nunca gravou rock progressivo na carreira. Ora, basta ouvir essa faixa para entender do que se trata - Paul mandando ver no progressivo mesmo, com clara influência do Pink Floyd de cabo a rabo da gravação. Na época o registro passou despercebido, imagine você! Por essa e outras costumo dizer que se os Beatles tivessem levado a carreira em frente, eles teriam grandes chances de abraçar o progressivo, que queiram ou não, iria dominar as grandes bandas de rock dos anos 70. Era algo, em minha forma de ver, inevitável. O psicodelismo seria deixado de lado e os Beatles iriam certamente entrar em uma disputa com grupos como o Pink Floyd!

Pablo Aluísio.